quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ariano sem par (Ou um androide qualquer)


É solidão
Talvez eu aprenda a conviver com ela, um dia...
Talvez eu viva rejeitando sua existência...
Sua sombria existência
Mas eu não posso mudar o que já existe
E não posso fingir, já que estou triste
Os livros, os discos, os passos, os fatos
Eles insistem que eu tenho que ser feliz
Ser o que um dia eu quis
Mas quando volto tarde pra casa
Não, não há para quem telefonar
E no longo caminho
Não há ninguém a me esperar
Pra me perguntar como foi meu dia
Pra me dar um pouco de alegria
E companhia
Antes de me deitar
E os beijos de boa noite nunca existiram
Não existiram os abraços quentes também
E quando o frio se fez presente
A felicidade estava ausente
E ninguém ali, pra me aquecer
E tudo parece perecer
Enquanto me perco em sonhos baleados
Não, não há ninguém do meu lado
E nunca houve alguém...
Nunca houve alguém.