sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DualCore




No mesmo sonho descanso
"Ao sabor do acaso"
Estou acordado, estou sonhando, estou dormindo - morro!
Não é fácil seguir as linhas da natureza, quando se é tão natural quanto "dual"
Vou, estou, sou, venho, tenho...
E fico, mesmo, então.
Fico, apenas fico.

sábado, 27 de novembro de 2010

Ahava

The nighty wind smokes all my cigarettes
I only stand and think of you, to change
The cliffs, outside there, are clear and visible
And we can join as one, again
The shame and sin are the truth and the purity
We are one - you and me
Same in tune, same old song
Pouring powders, cleaning shoulders
I'm very fond of you
This is sober when I'm drunk
And you are closer when I sleep
I'd rather be alone when I'm like this
Don't want to see things like before
I'd never act like before
The second flame purifies all inside me
It's all that I longed for
And out of the body, lies the melody
Of the center and serenity
I cherish this wild thing in very secret
You and me - we are really one
Two for being the truth
And even if I never wake up from this sleep
You'll know what I knew about it
You and me - the ones who matter
While I'm drowning in the pillow 
I can just remember:
When we meet, this is going to be complete
We are going to be perfect
Just like one - you and me.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quarto escuro nº 08


A inspiração ressurge em almas, tintas, parafusos
Panos, caixas, coisas que nunca estiveram ao meu alcance
Somos só vespas, moscas, brigando na mesma sopa
Roupas sujas, aventais que nunca foram maleados
Toque e corpo são iguais - boca e nojo também!
-os espermatozoides nunca foram ninguém
O vento artificial do quarto assombra, assombra...
A sombra da parede lembra a chuva do chuveiro
Que me lembra o choque, a morte, o fim e o novo começo
Das histórias contadas por mim e não sei quem
E viro, acordo e fumo. Deito, mexo, tento dormir
Mas não tem hora pra falar quando a si mesmo se quer ouvir
E eu grito, e eu falo: O falo é bom quando se tem também o tato
Apalpa o falo de quem tem também o tato
E a solidão é só ilusão de quem tem todo aquele a quem quer
Saudade é nostalgia, viver também é.
Mas não me seduz essa masturbação
Que é a escassez do feto quando pronto
E junto à membrana que circula ao seu redor
Mas não a toca, não a vê...
Não sente o que é calor e sede...
É só carência.
E não ter sono não é normal
Mas quando disse que sou?
A mente para.
Mas nunca fica fixa, imóvel, reta
E por esses segundos posso ser imortal
Na porcaria onde me deleito
extasiado

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vamos quebrar a cama de novo?

Não é como sempre foi, dessa vez, não
É que me acostumei com as coisas que fazíamos
Mesmo quando não fazíamos nada
Aprendemos juntos o poder do vento - a força da amizade
O que existia não morreu em mim
E nem parece querer morrer
Só você sabe quem sou eu
Eu sei muito bem quem é você
Não somos mais crianças, e isso é o pior
Nada parece novidade, nada é atrativo
Mas essa aprendizagem é sempre deliciosa
Quando acabar, você dirá o mesmo, também
Eu sinto sua falta, minha amiga...
Mas ninguém sabe disso...
Às vezes é preciso manter distância das pessoas que amamos
Elas precisam aprender a voar sozinhas...
Mas, agora eu estou tão alto
E tenho medo de não conseguir voltar...
Sabe, aquela mesa está vazia agora
Não há outro alguém sentado comigo
Não existe mais ninguém ali, não existe!
Todo mundo passou por aqui, mas não há lugar
Tanta coisa aconteceu nesse tempinho
Quantas pessoas passaram por você...
Mas, e daí?!
Sei que, no final, depois de todos os corações que aparecem
Só sobram o meu e o seu.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Nova música

Olá, pessoal! 
"A revolta de Cronos" é a minha mais nova música, composta em homenagem ao meu tédio. 
Espero que gostem e apreciem... 
=*

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Trecho do diário de Tomas Hill - "Winnerman"

Outras novas janelas se abrem:
É dada a largada, fianlmente.
Meu coração - acelerado - grita:
- Ei, estou aqui! Olhem pra mim!
Há alguém que note? -Não!
Respondem sem medo.
Tentei aproveitar, outra vez...
Mas não foi me dado o direito, agora.
Me resta esperar por outr'ora
Quando aquele sol chegar fazendo um estrago
E atingindo o âmago
Hoje não é a hora.
Agora não é o dia.
Finda a agonia e a esperança me faz uma visita
- Que tal por os pés na calçada alucinada
de pesadelos dos mortais passantes?
Não me sinto capaz de respirar agora
E o pior: conheço muito o mundo lá fora...
Hoje não vou me arriscar.
Agora eu só quero ficar por aqui
E me preparar para outra vez... Outra chance...
Porque às vezes me custa caro vencer...
Porque vencer às vezes cansa!

                                                            

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Joana Viciada (Versão Música)


Joana era o orgulho da família
Tinhas muitos sonhos e um futuro promissor
Se entupia das palavras de seus livros
E na escola era bem melhor que o professor
Mas, um dia, em seu desejo de encontrar um bom destino
Foi parar numa cidade onde nada conhecia
Resolveu mostrar quem era, então, nesse lugar
Mas estava sozinha nessa "Terra de ninguém"
De seu medo, por acaso, viu-se própria refém
Medo de nunca crescer
Arriscou fazer seu vestibular
E, logo de cara, arranjou duas amigas
Combinaram de sair no próximo feriado
Joana até queria ir, mas teve que deixar de lado
As meninas insistiram e ela acabou sendo levada
E até ganhou uns beijos, uns amassos na balada
No outro dia Joana ficou maravilhada
Percebeu que agora era do mundo...
Visitou suas amigas e tomou um copo de Vodka
Bebeu, tremeu, sorriu.... Achou demais!
E assim foi logo, também, com o cigarro
E o lança, e o pó, e a maconha e tudo mais
Joana havia se tornado o que nunca foi para os pais
Aquela ingênua garotinha não voltaria jamais
Numa noite com as amigas foi parar numa festa
Onde todos estavam, tudo estava e também tudo o que não presta
Pegou duas garrafas e virou pra impressionar
Em meia hora duas carteiras ela conseguiu fumar
Misturou o papel, cocaína e maconha
Em duas horas desconheciam Joana:
Uma louca, alterada, perdida e atolada
Totalmente o oposto do que um dia conheceram
Seus amigos muito loucos só pensavam em "viajar"
E a maluca só pensava e não parava de fumar
E a cabeça rodava, virava uma zona
E explodiu-se o organismo de Joana
Nessa noite ela quis se libertar do seu destino
Mas, quem passa dos limites sempre acaba sozinho
Joana teve uma overdose e foi levada às pressas
Mas, não por suas amigas, que ficaram curtindo a festa
Ela não sobreviveu
Sua vida foi curta - tinha apenas vinte anos
Seus sonhos se desmancharam e o vento os espalhou
Joana agora dorme arrependida num caixão...
Joana viciada viveu o drama da balada
Numa festa onde todos usam tudo e ganham nada
Onde as portas são só grades - o atalho pra prisão
Joana viciada dorme agora embriagada
Sem amigos, sem seus livros, tão sozinha e isolada
De seus sonhos só ficou pra trás o que nunca existiu
Joana viciada dorme agora...
Sua drogada!
Joana viciada, durma agora, sua drogada!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Preciso


Preciso te ter
Poder contar com você
E acreditar que vamos dar certo
Preciso entender
Que às vezes não vou ter
Mas sempre estarei por perto
Te olhar e ver que você me vê
Sentir que sou alguém pra você
E não sentir mais medo
Saber que você quer me proteger
E ser bem mais que isso pra você
Esse é o meu jeito
Preciso aprender
A então estar com você
Mesmo quando não puder
Preciso querer
Deixar de sofrer por saber
Que posso não estar certo
Te olhar e ver que você me vê
Sentir que sou alguém pra você
E não sentir receios
Tocar suas mãos e já entender
E não temer me arrepender
E me lançar sem medo
É só o que eu preciso agora
É tudo o que eu mais quero agora
Será demais pra mim?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O último humilde (Vs 01)

Sinto de perto o mau cheiro da burguesia
Agora sei
Ela realmente fede!
E os burgueses, nojentos
Pensam que podem comprar tudo e todos
E mesmo assim eles se fazem de honestos
e bondosos
Durmo no leito da humildade
E no peito da alegria
Não sou um burguês
E sou muito feliz
Nao preciso de nada
So preciso de pessoas
Coisas que não se vendem
Pelo menos em meu meio
Mas, e daí?
De que adianta tudo isso
Se a minha raiva continua aqui?
E ninguem vê...
Se minhas palavras são inúteis
E meu desprezo por vocês será sempre notável
Afinal,
mesmo vocês, poderosos
seriam incapazes de compreender
As coisas que digo
Pena!
O dinheiro naum pode comprar um cérebro.