terça-feira, 14 de abril de 2009

Primeira Carta de [quase] Amor

A noite passa...
Os corpos descansam...
Os amantes se beijam...
E eu me acabo aos poucos.
Se estivéssemos juntos, seria diferente.
Não sentiria esse vazio


Uma ausência incomodante
Um desejo insaciável
Que sinto ultimamente
Por que me deixou?
Não fiz nada incerto
Talvez o tempo tenha errado
Em nos por no mesmo caminho.
E no crepúsculo do amanhã
Sentir-me-ei mais sozinho que ontem
Olharei ao meu redor
E não verei ninguém senão minha própria solidão...
Tentarei descansar e esquecer
Que hoje não pertenço a você.
Que todos aqueles sonhos que construí
Inocentemente escaparam de meus planos
Que futuramente seriam compartilhados
Por essas estradas que me acercarão
E por meio do vão do acaso
Soltei-os como balõezinhos de ar
Que se vão sem saber pra onde...
Carregando a inócua certeza do amor que ainda sinto:
Que não vai passar até amanhã
Que não vai mudar até que eu mude
Que não vai cessar até que eu morra...