domingo, 13 de maio de 2012

Escorpião [in]Hostil

A noite chega e ele me acompanha até meu quarto
Depois de uma briga, decide ficar
E acende um cigarro, e deita na cama, e usa o banheiro, e goza no chão.
Enquanto eu me cubro, ele me descobre
Descobrindo meus segredos
Revelando-me meus medos
E me ensinando a fugir
Não sei se é amigo, namorado ou estranho
Nem se fica, se vai ou se morre.
Mas me mata.
E eu não costumava morrer...
Me enche de pancadas
E me abraça depois
Me ama no frio
E me odeia depois
Me lambe nos pés
E a cabeça esquenta
Por causa do calor das minhas mãos
Que insistem em espancar as portas da sua alma
Porque você não passa de um fantasma na minha parede.