terça-feira, 23 de junho de 2009

Nu


Ele me deixou do jeito que nasci
Deitado nesse leito
Olhando sua presença, seu olhar atiça a mim
E deito no seu peito
Sua boca me convida. Eu não posso resistir
O abraço é o começo
Seu braço me aquece e o seu corpo sobre mim
Me tira o sossego


Só que eu não quero ter paz,
Pelo menos não, desta vez.
Quero sua boca nessa boca que é minha
Quero sua boca nesse corpo que é meu



Você usa a força pra colar seu corpo em mim
Meu corpo não resiste
Eu não tento resistir, pois quero te sentir.
Inteiramente dentro de mim
Uso minhas armas de silêncio pra tentar
Fazer as coisas certas
Joga sua terra, eu jogo fogo... Tudo aqui
-Língua entre as pernas...



Louco chama louco, prego a prego – BANHEIRO!
A água escorre do chuveiro
Olho em olho boca em boca – TUDO!
Meu travesseiro...!
Pele, pêlo, braço, perna, coxa, tudo, enfim...
Derrubo as paredes
Dedo, língua, olho, boca, peito em mim.
Caí na sua rede!



Então pinta. É tudo branco, mole... Molhado...
Adoro esse cheiro!
Boca passa língua entre todos os lugares
Contendo o seu recheio



Finda a noite. Beijo a boca, ganho um beijo.
Tudo está tão risonho...
Passo a mão na calça sinto tudo molhado:
Que pena...
Foi um sonho!










O Mar



Hoje senti sua falta
E venho sentido, ultimamente...
Observei o mundo, as pessoas,
E nada parecia diferente.

Tudo está como sempre esteve:
Todos alegres, tudo em seu lugar.
Mas, pra mim, existe algo errado
E parece que nada irá mudar

Encontrei amigos, revi colegas
Todos com o mesmo sorriso
Sentei na praia – olhei o mar
O mar estava comigo
O mar é tudo que preciso

Porque me sinto bem de verdade
Quando me completo nessas águas
Elas levam e trazem
Energias osciladas
E me levam daqui... Pra um lugar distante
Onde estamos juntos
Observando o horizonte...

Nada continua o mesmo
Quero você aqui
Mas, já que não estás
Tento seguir

No mar escrevo o amor...
E posso escrever uma cidade distante!
Quero muito estar com você
Cada minuto passa num instante
Quando estou sozinho...

Ficarei bem... Mas olharei pra trás
Verei que algo ficou... E vai fazer falta demais:
É “O mar”!...
O mar do amor...
Do nosso amor....

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Fogo e Ar

Venha viver comigo um amor selvagem
Venha se desfazer com meu calor a derreter seu gelo
Venha soprar essas palavras picantes no meu ouvido
Venha ficar comigo a observar os outros sorrindo da gente
Serei você a todo instante
Estarei em você no seu pensamento
Porque eu quero seus finos lábios nos meus grossos lábios
Quero ser teu alimento saciando sua fome
E nossa sede é morta com a saliva em nossos beijos

Me aqueça superiormente com essa delícia de braços
Eu observo pelo espelho enquanto os movimentos se apressam
A saudade é uma ligação de súplica urrando seu nome
E as mentiras se convertem em um drink brindado por nós!
Porque você é o sol que faz minha pele expelir suor
Você é o vento que me faz tremer no frio
E seu olhar me atiça entre portas e janelas
Nosso ninho fica completo rodeado de álcool e fumaça
Você é selvagem e atiça minha vontade
Há um desejo que me queima a todo instante
Se eu ficar sem você, o que faço dessas palavras?
Eu te deixo a incerteza que convida a vontade:
Abra minha cova e enterre sua montanha
De maldade...
Venha viver comigo um amor selvagem
Daqueles que ainda se escondem entre os passos na calçada
Venha ascender meu sol, seja minha lua!
Será o meu aquário enquanto serei o carneiro ardente
Venha se desligar das "palavras-terceiras"
E comer minha vontade com seu ar de "eu sei fazer!"
Sou seu fogo e você meu ar...
E meu desejo ativa sua imaginação...
Venha viver comigo um amor selvagem
Eu serei a libélula e você as minhas asas
Me ensina a voar por um inferno desconhecido
E queimaremos esse desejo que se torna insaciável
Venha comigo...
Venha viver comigo um amor SELVAGEM...