Você se comporta como quem não se importa
E eu assisto a véspera da tragédia
Do nosso caso redobrado
Amassado
Acabado
Foi preciso mais de um ano
E algumas semanas de vermelhidão
Pra chegar, finalmente, à conclusão
De que ninguém, nunca, vai mudar
Não espere que eu admita
Que aceite ou pondere
Suas dissimulações
Seu caráter
Tudo aquilo que me destrói
Eu sou a lua que, minguando, some
E crescendo explode
Todo o medo do seu sol
Meu sol, você
Cheio de desejos fúteis
Tão humano e tão distraído
Que mal se ajeita frente a mim
Sumo, sempre, pós a morte
De toda a sua beleza
Quando, na verdade
Deveríamos nos opor
E, por fim, encontrar o amor
Que nossa oposição deveria oferecer...