quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Jean Carlo (Por Vini)

Hoje quer, amanhã não quer, tudo que era difícil ficou fácil e não vale mais o desafio. Pois o fogo é indomável e consumidor. Aliás, o fogo é isso mesmo, adorável, mas não pense que a sua doçura não queima. Queima. E deixa hematomas. Acredito que Jean não é ruim de coração, pois o faro não mente e o cheiro é bom, como grama molhada. 
Contudo, pense: não se iluda! Outras pessoas já caíram na grama... 
Pode ser rolando... Ou ralando. 
E finalmente entra naqueles amores complicados,
pois tudo que é muito fácil não atrai, não dá liga na massa corrida que reboca o seu pobre coração. 
O limite está ligado aos trópicos, ou talvez à galáxia, outra dimensão... 
Mas quem nunca se apaixonou por um marciano, não é mesmo? 
É tudo tão verde, que lembra a grama, da lama. 
É do tipo que fala “não me importo” pra ficar todo importado pelo desdém. 
Faz-se forte, pra ficar forte e acreditar que força rege tudo e une continentes. 
Da tal da esperança e do "não se importar" surge a desconfiança, de que ser feliz é ser simples e simplicidade é ofício - se aprende. 
Liberdade. Quem a tem, e quem, aos ferros, cala tua voz? 
Que as nuvens sempre acompanhem teu caminho e te guiem às árvores de descanso... Não que ficarás nessa sombra para sempre. Nômade de almas caminhando ao sol; queimar-se é prazer, é pra provar que vivo está.

Por: Vinícius de Moraes Santini