quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Espelho


Uma dança rebolante no meio da chuva
E um sorriso solitário 
Verdadeiro, genuíno, simplório...

Apreciando sua solidão, ele vai
Não quer robôs, nem modelos, nem heróis, nem bonecos
Quer-se a si próprio.

Fala-se tanto, em silêncio
E só quem ama consegue ouvir
O ser sensível que vem da luz no meio da escuridão

Caminhos tortos e automutilações sorrateiras, silenciosas
Nenhum beijo de agradecimento, porém
As cobranças sempre foram mais presentes que os presentes de parabéns

E, assim, segue esperançoso 
O ser noturno que se alimenta de frutas velhas
A "Rogue" do mundo real
Aquele que não pode ser tocado nem tocar nenhum outro ser
Sem roubar-lhe um poder secreto

E se vai.
Se "some"
Se consome por consumir demais
Mas sempre olhando pra dentro
Porque o "fora" está muito comum
E o que é comum é desagradável

Mas, simplesmente, se vai...
De olhos bem fechados, se vai.

(Mas só desejava ficar mais um pouco...)

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