Abracei o silêncio do
meu lado
Chorei a dor em seus
ombros frios
E ele me enxugou o
rosto molhado
No meio dessa
escuridão faminta
Perdi o meu sorriso,
já consumido
Juntei pedaços de mim
mesmo
Que não se encaixam
E caio num chão tão
vasto quanto eu
E a intuição me dá
esperanças
Mas, quê são elas se
não há mais nada?
E todas as flores se
quebraram
Porque todas elas
eram de plástico
Ainda existia o
perfume
De algumas delas no
quarto
Poderia ter sido
mortal se não tivesse sido sutil
É o perigo de ser
intenso e acabar se entregando
Ao que os outros põem
em nossas cabeças
Ao que escrevem nas
canções e nos cartões
De
“feliz-dia-dos-namorados”...
Abracei a escuridão
no meu quarto
Sorri o sufoco que me
assassinou
E ela me disse que
era você.
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