Eleito agora, o tédio
permanece, então, imóvel
Retida a novidade,
tenho ainda a liberdade
E a alma displicente
não sugere nada novo
Não há, além do medo,
outro grande pesadelo
Um copo de veneno
misto de café
Preciso despertar a
intolerância
E acertar com uma
faca cega a ignorância
Deixar reinar o sol
Queimando, sol que
queima
Queimando a dor que
teima
Que queima o sol
queimando
O fogo que vadeia
Quem cuida dos anjos?
A dança de dois sóis
a sós
O solo do solitário
(o lunático autoritário)
Somente a soma
subtraída
De resultado dois e
de um
De “igual a dois” e
de “menos um”
Quem guardará os
guardiões?
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