Vil e honesto
Tão severo e torturante
Me aprisiona dentro de mim
Humilde sufoco!
Senta-se tão robusto em sua banqueta
Com paletó e gravata-borboleta
Daquelas que não se usam nós.
E eu morro a cada segundo
Aguentando e segurando os pingos
De cada "i" que ficou imerso
Na imensidão do meu pensamento secreto.
Correndo suado, eu
Fugindo de alguém... De quem?
De mim?... De mim.
Do meu próprio medo, ao qual me fiz refém
Escravizei minha solidão.
Escravizei minha alma.
Acorrentei as duas amigas
E as lancei no profundo ar...
Esse sufoco esdrúxulo!
Maldito filho do erro!
Tem culpa no cartório
E de mim não faz zelo...
Também, pudera
Eu, inútil iniciante
Soprei apenas uma vela...
E o que faço com as restantes?
2 comentários:
Belíssimo!
Ah, menino de tantos talentos! Orgulho!!!
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