A inspiração ressurge em almas, tintas, parafusos
Panos, caixas, coisas que nunca estiveram ao meu alcance
Somos só vespas, moscas, brigando na mesma sopa
Roupas sujas, aventais que nunca foram maleados
Toque e corpo são iguais - boca e nojo também!
-os espermatozoides nunca foram ninguém
O vento artificial do quarto assombra, assombra...
A sombra da parede lembra a chuva do chuveiro
Que me lembra o choque, a morte, o fim e o novo começo
Das histórias contadas por mim e não sei quem
E viro, acordo e fumo. Deito, mexo, tento dormir
Mas não tem hora pra falar quando a si mesmo se quer ouvir
E eu grito, e eu falo: O falo é bom quando se tem também o tato
Apalpa o falo de quem tem também o tato
E a solidão é só ilusão de quem tem todo aquele a quem quer
Saudade é nostalgia, viver também é.
Mas não me seduz essa masturbação
Que é a escassez do feto quando pronto
E junto à membrana que circula ao seu redor
Mas não a toca, não a vê...
Não sente o que é calor e sede...
É só carência.
E não ter sono não é normal
Mas quando disse que sou?
A mente para.
Mas nunca fica fixa, imóvel, reta
E por esses segundos posso ser imortal
Na porcaria onde me deleito
extasiado
E por esses segundos posso ser imortal
Na porcaria onde me deleito
extasiado
2 comentários:
Muito inspirador, uma analise completa do sexo sozinho.
"Auto-sexo"?
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